segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Deus-espectador e o sétimo dia (...)












“A natureza humana e o mundo não são passíveis de conhecimento: o homem é apenas testemunha da hierarquia dos próprios impulsos. Em relação ao mundo, só as interpretações são possíveis. Somos criadores do mundo, justamente porque sem nós, sem nossas interpretações, esse mundo não existiria. “No homem estão unidos o criador e a
criatura: no homem há matéria, fragmento, abundância, lodo, argila, absurdo, caos; mas no homem há também criador, escultor, dureza de martelo, o deus-espectador e o sétimo dia (...)84 (Dias, 2011, p.59. Nietzsche, vida como obra de arte).
 






















4 comentários:

Anônimo disse...

"Nós éramos amigos e nos tornamos estranhos um para o outro. Mas está bem que seja assim, e não vamos ocultar e obscurecer isto, como se fosse motivo de vergonha. Somos dois navios que possuem, cada qual, seu objetivo e seu caminho; podemos nos cruzar e celebrar juntos uma festa, como já fizemos – e os bons navios ficaram placidamente no mesmo porto e sob o mesmo sol. Parecendo haver chegado ao seu destino e ter tido um só destino. Mas, então, a todo-poderosa força de nossa missão nos afastou novamente, em direção a mares e quadrantes diversos, e talvez nunca mais nos vejamos de novo – ou talvez nos vejamos, sim, mas sem nos reconhecermos: os diferentes mares e sóis nos modificaram! Que tenhamos de nos tornar estranhos um para o outro é da lei acima de nós: justamente por isso deve-se tornar mais sagrado o pensamento de nossa antiga amizade! Existe provavelmente uma enorme curva invisível, uma órbita estelar em que nossas tão diversas trilhas e metas estejam incluídas como pequenos trajetos – elevemo-nos a esse pensamento! Mas nossa vida é muito breve e nossa vista muito fraca, para podermos ser mais que amigos no sentido dessa elevada possibilidade. – E assim crer em nossa amizade estelar, ainda que tenhamos de ser inimigos na Terra". (Nietzsche)

Felicidade nestes novos mares/ares minha amiga... Que as correntezas te levem e te elevem sempre para além de (não como quem está para se exceder, mas como para quem se permite movimentos de avanço e de retorno, não se limitando ao que é estático).
Saudades,
Muri

margela arnold disse...
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margela arnold disse...
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margela arnold disse...

Lindo. Muito obrigado. Ir e vir faz parte da vida. Viver é estar disposto a aprender. Não acredito em vidas contemplativas. Por mais imóveis q possamos estar, existe um fluxo natural q te impulsiona ao movimento. Esse desejo de expandir-se, o poder de criar, de crescer, de vencer as resistências é que impulsiona o movimento da vida. Quanto às distâncias, elas se fazem necessárias. Pois só sentimos saudades das pessoas que fizeram, ou fazem, a diferença.
Saudades também.