quarta-feira, 5 de setembro de 2012


           Entendo que, interpretar e organizar o mundo não quer dizer conhecê-lo, mas criá-lo. A potência, o desejo de expandir-se, o poder de criar, de crescer, de vencer as resistências é que impulsiona o movimento da vida. Precisamos realimentar nosso ímpeto criador, sem o qual não sobreviveríamos. Criação e necessidade é um par inseparável para o artista ou professor. É importante ainda enfatizar que, para haver ação criadora, é indispensável uma condição fisiológica prévia: a embriaguez. Esse estado de plenitude através do qual nós transfiguramos as coisas, nós as elaboramos imaginativamente até que reflitam nossa própria plenitude e nosso próprio prazer de viver. (Dias, 2011, Nietzsche, vida como obra de arte).

 
            Com as experiênciações da arte e sua diversidade leva-nos a uma mutação onde as interferências destes expectadores, participantes ou participadores vão configurar o que se chama obra. Esses simbolismos que desenvolvemos através das artes nos permitem ir ao cotidiano, viver as nossas próprias experiências de maneiras mais diversificadas. A figura do artista na arte contemporânea muda desse lugar do autor, dono da sua obra, para um lugar transitório, onde começa a fazer parte do processo e a ideia desse sujeito artista se dissolve.

2 comentários:

Ana (Prof.Français) disse...

Bien, ma chère. je trouve ton projet vraiment très intéressant. não sei se tenho o alcance necessário para compreendê-lo em toda a sua complexidade e nuances. audacioso, indagador, denunciante, bonito. é isso que acho desse teu trabalho.
à mon avis, je crois que nosso ímpeto criador é transformador e modificador. e esse mundo criado e interferido por nós é um produto, reflexo do que somos, do que passamos, do que experimentamos. nossa autoria está por toda a parte pois este sentimento de pertencimento das coisas nos é próprio e ordinário. comum. é como um olhar lavado de lágrima, distante, duro, resignado. marcado por aquilo que foi e inevitavelmente pelo o que será. =T
Continue, pois ALGUÉM me disse outro dia que nosso projeto, missão é ser feliz. E que felicíssimo este projeto!

margela arnold disse...

Obrigada pelas palavras.
Saudades das aulas.
Grande bj.